Misturar medicamentos com álcool aumenta riscos à saúde durante confraternizações de fim de ano

Bruna Mariana Andrade - Divulgação

As confraternizações de fim de ano, marcadas por celebrações, viagens e consumo de bebidas alcoólicas, também acendem um alerta importante para a saúde: a combinação de álcool com medicamentos, prática comum nesse período, pode provocar reações adversas graves e até levar a internações hospitalares. Especialistas apontam que analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, antidepressivos e relaxantes musculares estão entre os medicamentos mais associados a riscos quando ingeridos junto com álcool.

De acordo com a farmacêutica da PAD Saúde, Bruna Mariana Andrade, o problema é que muitas pessoas subestimam os efeitos dessa mistura. “Existe a falsa ideia de que uma pequena quantidade de bebida alcoólica não interfere no tratamento. Na prática, o álcool pode potencializar efeitos colaterais, reduzir a eficácia do medicamento ou sobrecarregar órgãos como fígado e rins”, explica.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz), os medicamentos estão entre as principais causas de intoxicação no Brasil, e o consumo associado ao álcool é um fator recorrente nos atendimentos de urgência, especialmente em períodos festivos. Entre os efeitos mais comuns dessa combinação estão sonolência excessiva, tontura, queda de pressão, náuseas, vômitos, confusão mental e, em casos mais graves, insuficiência hepática e depressão respiratória.

A farmacêutica alerta que o risco não se limita a medicamentos controlados. “Analgésicos e anti-inflamatórios de uso comum, quando associados ao álcool, podem causar sangramentos gástricos e danos ao fígado. Já medicamentos para ansiedade, depressão e dor potencializam o efeito sedativo do álcool, aumentando o risco de acidentes”, destaca Bruna.

Outro ponto de atenção é o uso de remédios para aliviar sintomas comuns após as festas, como dor de cabeça, má digestão e enjoo. “Muitas pessoas bebem durante a confraternização e, horas depois, recorrem a medicamentos para aliviar o mal-estar, sem considerar que o álcool ainda está no organismo. Essa prática é perigosa e pode agravar os sintomas”, reforça.

Para reduzir riscos, a orientação é simples: evitar o consumo de álcool durante o uso de medicamentos, ler atentamente as bulas e buscar orientação profissional sempre que houver dúvida. “O farmacêutico tem papel fundamental nesse processo, orientando o paciente sobre interações medicamentosas e uso seguro, especialmente em períodos como o fim de ano, quando os excessos são mais comuns”, afirma.

A PAD Saúde reforça que o cuidado com a saúde deve fazer parte das celebrações. “Aproveitar o fim de ano com responsabilidade é a melhor forma de iniciar o próximo ciclo com bem-estar. Informação e prevenção ainda são os melhores aliados”, conclui a farmacêutica.

Assessoria de Imprensa

Patrícia França

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