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Erika Farias - Divulgação |
Em processos de separação ou divórcio, uma das decisões mais delicadas diz respeito à convivência dos filhos com os pais. O chamado “direito de visita” garante que a criança mantenha contato regular com o genitor com quem não reside, preservando os laços familiares. Mas, na prática, muitas famílias enfrentam um dilema emocional: o que fazer quando a criança não quer ir para a casa do outro pai ou mãe?
Segundo Erika Farias, psicóloga clínica, orientadora parental e especialista em coparentalidade e planos de parentalidade, esse tipo de recusa não deve ser ignorado, minimizado ou tratado como desobediência. “É comum que os adultos interpretem a resistência como afronta à autoridade ou manipulação do outro genitor. Mas, na maioria das vezes, é uma manifestação legítima de desconforto emocional que precisa ser acolhida e compreendida”, afirma.
Embora o direito de convivência esteja previsto em lei, ele não deve ser encarado como uma imposição sobre a criança. “O direito é do adulto, mas a criança também tem direitos — e entre eles estão o de ser escutada, respeitada e protegida. Se ela expressa medo, tristeza ou raiva em relação à visita, isso deve ser investigado com seriedade”, reforça Erika.
Os motivos para essa recusa podem ser variados: conflitos entre os pais, falta de vínculo afetivo, episódios de desrespeito, mudanças na rotina ou até situações mais graves, como alienação parental ou violência psicológica.
A importância da escuta ativa e do apoio profissional
Nesses casos, o papel dos adultos é escutar, acolher e buscar orientação especializada. “Às vezes, um pequeno ajuste na rotina de visitas — com mais previsibilidade e diálogo — já pode trazer segurança para a criança. Mas, quando há sofrimento emocional envolvido, o acompanhamento psicológico é essencial, tanto para os filhos quanto para os pais”, orienta a especialista.
Ela destaca ainda que, embora as decisões judiciais devam ser respeitadas, é fundamental que os profissionais do direito e da saúde mental colaborem para adaptar os acordos à realidade emocional da criança. “Um plano de parentalidade bem construído, com orientações claras, flexibilidade e foco no bem-estar infantil, faz toda a diferença na qualidade da convivência e na saúde emocional da família”, conclui.
Assessoria de Imprensa
Patrícia França
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