Sudene apresenta, na Espanha, ações de incentivo à produção de palma no Semiárido do Brasil

Aildo Sabino representou a Sudene no evento internacional.
Foto: reprodução.

 

A Autarquia marca presença no “XI Congresso Internacional sobre Cactos como Alimento, Forragem e Outros Usos” e detalha a experiência do InovaPalma

Tenerife (Espanha) – O engenheiro agrônomo José Aíldo Sabino, coordenador do programa InovaPalma Sudene, está participando do “XI Congresso Internacional sobre Cactos como Alimento, Forragem e Outros Usos”, realizado nas Ilhas Canárias, na Espanha. O evento começou nesta terça-feira (6) e segue até o próximo dia 8, período em que Aildo fará explanações sobre o papel da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste na promoção da produção de cactos no semiárido brasileiro.

 

Em sua explanação, durante uma das palestras, Aildo explicou que “cerca de 70 a 80% da área de atuação da Sudene é caracterizada como semiárida, tornando-a uma prioridade para iniciativas econômicas, sociais, culturais e ambientais devido à sua condição edafoclimática (características do clima e do solo que influenciam o desenvolvimento de plantas) e socioeconômica única”. A Sudene vem apoiando iniciativas voltadas ao melhoramento genético e à utilização da palma forrageira nos períodos de seca para a alimentação animal.

 

O engenheiro agrônomo informou que muitos dos 31 milhões de habitantes dessa região dependem da pecuária. “É essencial buscar alternativas que promovam a sustentabilidade e a resiliência desse sistema de produção. Nesse contexto, a palma forrageira tem sido reconhecida como uma cultura essencial para a alimentação animal devido à sua resistência à seca, alta eficiência no uso da água e produção satisfatória de biomassa”.

 

Foi destacada, ainda, as ações que a Sudene vem implementando para tornar a palma forrageira um vetor de desenvolvimento econômico. Com o propósito de promover o diálogo entre instituições de desenvolvimento regional, universidades, pesquisadores e membros da iniciativa privada, contribuindo para fomentar o debate sobre a cultura do vegetal como ativo social e econômico, a Autarquia criou a Rede Palma, em 2017.

Os principais resultados alcançados até o momento, destacou Aildo, “foram o estabelecimento de um fórum permanente de diálogo, promovendo sua inclusão no Censo Agropecuário do IBGE e disseminando informações técnico-científicas sobre a cultura; validação do zoneamento agroclimático; desenvolvimento de uma colheitadeira mecanizada e o financiamento direcionado de iniciativas de P&D focadas em sistemas de cultivo intensivo; seleção, multiplicação e distribuição de cladódios; propagação de variedades tolerantes à cochonilha-do-carmim; melhoramento genético; manejo de pragas e doenças; e otimização nutricional. Esses esforços culminaram na criação do Programa InovaPalma, uma estrutura que visa fomentar a inovação em sistemas pecuários baseados em palma.

 

Lançado em 2023, o Programa InovaPalma disponibiliza R$ 7,5 milhões – provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) – para investimento em pesquisas e incremento na produção da palma forrageira, fortalecendo a cadeia produtiva do vegetal nos 11 estados da área de atuação da Autarquia. Aildo enfatiza que “ao liderar essas iniciativas, a Sudene promove o uso sustentável dos recursos e o desenvolvimento regional, reforçando o compromisso da Sudene com a inovação e a modernização da agricultura regional”.

 

A programação do congresso conta com palestras sobre “Cactos: fundamentos, fatos, alimentos e forragens para a agricultura futura”; “Novas perspectivas sobre produção de palma forrageira e manejo pós-colheita”; “Tesouro do deserto: revelando segredos e benefícios para a saúde dos cactos e da pera espinhosa”; “Serviços ecossistêmicos dos cactos: novos benefícios num cenário de alterações climáticas”; entre outras.

Ascom Sudene