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Confiança do Empresário do Comércio em Recife se mantém estável em agosto de 2024


Estabilidade é marcada por alta de 2,1% nas condições do comércio local, aponta a Fecomércio Pernambuco

A confiança do empresário do comércio no Recife permaneceu estável em agosto de 2024, com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrando 111,5 pontos, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE), que realizou recorte local da pesquisa elaborada pela  Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

A avaliação das condições da economia brasileira apresentou recuo de 9% no comparativo anual, situando-se em 73,9 pontos. No entanto, as condições do comércio local mostraram melhora, com alta de 2,1%, alcançando 91,7 pontos. As empresas comerciais também relataram um leve avanço nas condições internas, com 108,3 pontos, um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“A má avaliação das condições da economia foi derivada principalmente pela interrupção da queda da taxa de juros (Selic) e o aumento do desemprego em Pernambuco, o qual influencia o acesso ao crédito dos empresários e o consumo das famílias”, apontou Bernardo Peixoto, Presidente da Fecomércio-PE.

O Índice de Investimento do Empresário do Comércio permaneceu estável, registrando 103,7 pontos, com modesto crescimento de 0,2% em relação ao ano anterior. Esse resultado reflete uma cautela nas decisões de investimento, especialmente no setor de bens não duráveis (alimentação e bebidas), que apresentou uma queda mínima. Por outro lado, o indicador de contratação de funcionários teve uma elevação de 3,9%, alcançando 122,4 pontos, sugerindo uma leve recuperação no mercado de trabalho local.

A avaliação dos estoques mostrou um leve declínio, com o índice situando-se em 86,8 pontos, uma queda de 2,2% na comparação anual. Empresas que atuam no setor de bens não duráveis relataram a maior adequação de estoques, com 94 pontos, enquanto as de bens duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, materiais de construção…)  registraram o menor nível de adequação, com 83,6 pontos.

De acordo com Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, apesar das quedas em alguns índices, os empresários do comércio em Recife continuam otimistas em relação ao futuro. “A queda nas expectativas reflete incertezas no cenário nacional, mas o aumento nas expectativas de contratações e a estabilidade nos investimentos indicam que os empresários ainda mantêm confiança no médio prazo no comércio local”. 

Pesquisas — A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) realiza, mensalmente, pesquisas conjunturais, de sondagem de opinião em datas comemorativas para o comércio e estudos especiais, através do Instituto Fecomércio-PE, e recortes locais das pesquisas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e dos índices do IBGE, através da sua Assessoria em Economia.



Intenção de Consumo das Famílias em Recife apresenta leve melhora em agosto de 2024

Alta de 1,3% é impulsionada por aumento de 1,8% entre famílias de menor renda, aponta a Fecomércio Pernambuco 

Em agosto de 2024, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Recife atingiu 96,9 pontos, registrando uma alta de 1,1% em relação a julho. É o que mostra o recorte local realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio PE), da pesquisa nacional elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento reflete a percepção de consumidores sobre emprego, renda, crédito e consumo na capital pernambucana.

O nível de consumo teve alta de 1,3%, embora a análise detalhada mostre diferenças entre faixas de renda. Famílias com até 10 salários mínimos registraram um aumento de 1,8%, enquanto as de maior renda tiveram uma queda de 1,5%. Além disso, a perspectiva de consumo para os próximos meses se manteve estável, com variação de 0,3% no geral.

O Presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, avaliou a perspectiva de consumo das famílias recifenses: “O aumento gradual da perspectiva de consumo representa uma notícia positiva para os empresários; no entanto, ainda há um considerável espaço para o avanço ao otimismo. Por outro lado, o consumo atual acende um alerta, especialmente para as famílias de menor renda, com um índice de 79% indicando pessimismo nas avaliações dos consumidores”, afirmou.

A pesquisa revela que a percepção sobre o emprego atual se manteve estável, com uma variação de 0,2%, atingindo 110,3 pontos. A avaliação da renda atual também apresentou crescimento de 2,1%, indicando que parte das famílias recifenses percebe uma melhora nas condições econômicas.

Entre as famílias com rendas mais baixas, o índice de emprego atual aumentou 0,3%, enquanto a renda teve alta de 2,2%. Já entre as famílias com rendas mais elevadas, a avaliação de emprego recuou 0,7%, com a renda apresentando variação positiva de 0,6%.

A situação do crédito se manteve estável, com variação de apenas 0,1%, indicando que o acesso ao crédito não sofreu alterações no último mês. Famílias com renda acima de 10 salários mínimos relataram uma melhora de 0,6% no acesso ao crédito, enquanto as de menor renda não registraram variação significativa.

O momento para aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos e móveis, teve um aumento de 2,9%, atingindo 80,9 pontos. Este dado aponta um maior interesse das famílias em investir em produtos de maior valor agregado, especialmente entre as de maior renda, que apresentaram uma alta de 1,6% no indicador.

De acordo com Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, os resultados da pesquisa indicam uma leve recuperação no otimismo das famílias em Recife. “Os dados sugerem que a melhora na renda e o avanço moderado no consumo atual. No entanto, o mercado de crédito permanece seletivo e o mercado de trabalho ainda apresenta desafios, especialmente devido ao elevado nível de informalidade no Estado. Embora o emprego formal tenha mostrado retração, muitas famílias têm recorrido a atividades informais para lidar com a realidade econômica e manter o consumo”, observa o economista. 

Pesquisas — A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) realiza, mensalmente, pesquisas conjunturais, de sondagem de opinião em datas comemorativas para o comércio e estudos especiais, através do Instituto Fecomércio-PE, e recortes locais das pesquisas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e dos índices do IBGE, através da sua Assessoria em Economia.

 

Assessoria de Imprensa - Luis Sousa

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